As últimas de Tangamandápio

“Eu vou a Acapulco tomar banho de mar…”

Archive for the ‘Poemas’ Category

Paulo Leminski – Razão de Ser

Posted by janacastanha89 em novembro 4, 2008

Um dia eu estava voltando do médico com a minha mãe, e quando eu me sentei no ônibus, vi que na janela estava um poema de Paulo Leminski. Achei-o tão bonito que senti de postar aqui.

Razão de Ser

Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?

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Poema ecológico

Posted by janacastanha89 em agosto 20, 2008

Para comemorar a 50ª postagem de “As últimas de Tangamandápio, deixo para vocês um poema que faz muito sentido.

O coelho comeu o capim.

O coelho a raposa comeu.

A onça comeu a rapoza.

De velha a onça morreu.

No lugar onde foi enterrada, capim nasceu!

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Versinhos gulosos

Posted by janacastanha89 em julho 24, 2008

Nunca que vou me esquecer deste pequeno poeminha!

O doce perguntou ao doce

Qual era o doce mais doce

E o doce respondeu ao doce

Que o doce mais doce

Era o doce de batata doce

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Onde ao Cume

Posted by janacastanha89 em julho 10, 2008

No alto daquele cume
Plantei uma roseira
O vento no cume bate
A rosa no cume cheira
Quando vem a chuva fina
Salpicos no cume caem
Formigas no cume entram
Abelhas do cume saem

Quando vem a chuva grossa
A água do cume desce
O barro do cume escorre
O mato no cume cresce

Então quando cessa a chuva
No cume volta a alegria
Pois torna a brilhar de novo
O sol que no cume ardia

Autor desconhecido

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